Por Bara Otaku
A indústria da pornografia é, provavelmente, tão antiga como o próprio mundo. No Japão, a produção de desenhos eróticos começa ao final do 1º milênio, para consumo exclusivo da corte. A função primeira destes desenhos, denominados shunga, era, obviamente, a estimulação visual, mas também eram utilizados para ensinar aos jovens a se comportarem em questões de sexo, desde os preliminares até à higiene. A maior parte dos desenhos representava cenas heterossexuais, mas também era comum a representação da relação homossexual, já que para a sociedade japonesa, até o século XVII, o sexo entre dois homens fortalecia a relação entre eles ou provava a grande importância de um para o outro, também era comum a prática do shudo (jovens rapazes se preocupavam em dar prazer aos guerreiros mais velhos).
Curiosamente, devido à nudez não ter conotações eróticas no Japão, as figuras encontravam-se quase totalmente vestidas e revelavam somente os órgãos sexuais com tamanhos exagerados. Os shungas foram comercializados de várias formas, atingindo preços elevados e os artistas, trabalhando para empresários do ramo, faziam bom dinheiro. As autoridades fizeram diversas tentativas para limitar ou mesmo banir este género, todas sem sucesso.
Hoje, o mercado japonês de sexo é grande, com publicações de revistas e distribução de filmes, inclusive para o público gay. Talvez as revistas mais famosas no Japão sejam a Badi e a G-Men, destinada aos homossexuais. Mas a censura no Japão é muito rígida quando se trata de mostrar um homem pelado numa situação erótica. Muitas vezes as revistas gays que mostram esse tipo de foto são obrigadas a mutilar a foto, mostrando só o modelo pelado da cintura pra cima, ou só publicar as fotos com o modelo numa posição em que o pênis não apareça direito. E a mesmíssima coisa em relação aos mangás e animes: ainda hoje, muitas cenas que mostram homens pelados são censuradas, cobrindo a genitalha com riscos ou trarjas em parte da glande. Também nos filmes costumam cobrir a genitália dos atores com sombreados, tudo isso de acordo com as normas do Eirin, o peculiar código de censura que vigora no Japão.
Fontes: www.centrogb.blogspot.com/2008/04/homossexualidade-no-japo.html
www.gay-art-history.org/gay-history/gay-art/gay-art-japan/ishikawa-toyonobu-gay-brothel/gay-sex-man-boy-japan.html
www.plugadoscomdeus.blogspot.com/2010/02/pornografia-realidade-perigos.html
www.wapedia.mobi/en/Bara_(genre)
Adorei!
ResponderExcluirMuitíssimo interessante a matéria.
Muito interessante, porém é meio xato saber que em alguns lugares a censura é tão rígida.Afinal qual é a graça em ver um filme ou revista porno com uma censura enorme em sima?
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